
Empowerment: entenda porque aplicá-lo na sua empresa
O Oxford Dictionary define a palavra empowerment como a autoridade ou poder dados a alguém para fazer algo. Ao redor do mundo, o termo — traduzido no Brasil para empoderamento — tem estado em voga nos últimos anos, principalmente relacionado às causas de minorias.
Mas esse conceito tem origens no ambiente corporativo americano das décadas de 70 e 80, onde se tornou uma ferramenta estratégica de gestão organizacional. E por isso, vamos compreender a fundo seu sentido e aplicação na empresa.
Conceituando o empowerment
Idalberto Chiavenato, especialista brasileiro nas áreas de administração e recursos humanos, delineou o conceito de empowerment em seu livro “Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações”, publicado em 1999. Para o autor, trata-se de descentralizar o poder organizacional, conferindo autonomia aos integrantes de uma equipe.
Essa estratégia de gestão é pautada na motivação e na autonomia dos colaboradores, valorizando sobretudo o capital humano.O objetivo desse processo, ainda segundo Chiavenato, é transmitir responsabilidade e recursos para todas as pessoas a fim de obter a sua energia criativa e intelectual.
É importante notar que um dos diferenciais desse modelo é a aplicação a todos os níveis hierárquicos da empresa, não se limitando apenas aos gestores e executivos. Existe um afastamento do modelo tradicional de gestão, que delega e supervisiona, e por isso torna-se desafiador aplicá-lo.
É necessário um estudo aprofundado das habilidades e competências de cada integrante da equipe, do contrário, a transferência de autoridade se torna cega e não produz resultados.
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Aplicando à realidade empresarial
Os autores Ken Blanchard, John P. Carlos e Alan Randolph afirmam em seu livro, As Três Chaves do Empowerment, que os passos fundamentais para esse processo são: compartilhar informação, criar autonomia através de limites e substituir a hierarquia por equipes.
Para que a transferência de poder na organização não seja apenas verbal, é preciso iniciar com estratégias de gestão de conhecimento e horizontalização da comunicação, dando voz aos talentos e afirmando seu valor.
Seguido a isso, criar situações onde os colaboradores possam exercer de fato a autonomia é fundamental. Inicialmente, é um fator que exige cautela, porém, vai se tornando cada vez mais orgânico.
A criação de equipes multidisciplinares e a desconstrução das hierarquias é mais um ponto a favor do empowerment no ambiente organizacional, que vai se tornar mais fluido e menos burocrático para a tomada de decisões.
Vislumbrando possibilidades
A Tesla, considerada uma das 10 empresas mais inovadoras do mundo pela Forbes em 2018, tem usado trabalhado o empowerment com o engajamento de seus colaboradores. A companhia fornece dados críticos de seus negócios a toda equipe, permitindo o compartilhamento de feedbacks.
Essa postura, segundo informações da Tesla, ativa o comprometimento com os resultados. A empresa descobriu que equipes engajadas geram 15% a mais de rentabilidade e são 30% mais produtivas.
O empowerment proporciona motivação, protagonismo, coragem para inovar e para tomar decisões. Por isso, ele se torna uma ferramenta decisiva para que colaboradores desenvolvam o “ownership” — conhecido por pensamento de dono.
A nível individual, os profissionais se tornam intraempreendedores, mentalizando que os resultados da empresa fazem parte de seu sucesso pessoal. Coletivamente, gera-se um ambiente organizacional propenso ao trabalho em equipe e a troca constante de experiências positivas.
Se sua empresa busca benefícios como diminuição de custos, mais decisões inteligentes, maior competitividade de mercado e aumento na produtividade, o empowerment é uma ferramenta estratégica.
Compartilhe nos comentários do post sua visão sobre esse conceito e quais são os desafios que sua organização enfrenta para empoderar colaboradores.
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